Nos últimos três anos, a Serra da Cantareira perdeu 1,4 milhão de metros quadrados de área verde
A maioria das casas e condomínios erguidos na Serra da Cantareira está dentro da lei. Licenças ambientais são concedidas mediante laudos de flora e fauna. As análises determinam o quanto pode ser construído, o total a ser mantido intacto e o reflorestamento posterior à obra. Há dois problemas, segundo especialistas. O primeiro é o cumprimento pelos proprietários de contrapartidas ambientais impostas pelo governo - com a fiscalização precária, ele dificilmente ocorre. Só na Promotoria de Caieiras, há 16 inquéritos de irregularidades em condomínio.
Em três anos, foram expedidos 865 alvarás para casas e condomínios na bacia do Juqueri-Cantareira, que compreende Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e São Paulo. De todos, Mairiporã é o que tem maior movimento imobiliário. Nos últimos dez anos, a área urbana do município cresceu 41,5%. A ocupação danificou mais de 12% de Mata Atlântica.
Estudo inédito do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Fundação SOS Mata Atlântica detectou 16 polígonos de desmatamento no entorno do Parque Estadual da Serra da Cantareira, área de preservação. A pesquisa não só revela aceleração do desmatamento, estagnado entre 2000 e 2005, como mostra uma mudança no processo de devastação. ?Nos anos 90, a causa principal era a profusão de lotes clandestinos. Hoje, quem rouba o verde é a ocupação regular.
O caso recente que mais gerou polêmica foi a obra dos Arautos do Evangelho. A organização católica é uma das responsáveis pelo desmatamento legal da Serra da Cantareira. O grupo devastou uma área de 12 mil metros quadrados para construir o que os moradores de Caieiras apelidaram de “castelo”. Vejam as fotos!!!
FONTE: RECANTA REDE DE COOPERAÇAO DA CANTAREIRA
2 comentários:
você tem fotos dessa área ainda com as árvores?
você tem fotos dessa área ainda com as árvores?
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