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quinta-feira, junho 08, 2017

GUILHERME SAMAIA FORMULA 3

O paulista Guilherme Samaia foi o destaque da última etapa da F3 Brasil em Velo Città. Largando da pole-position na corrida um ele não teve dificuldades para vencer a corrida e ainda registrar a volta mais rápida e recorde do circuito com o tempo de 1:20.142 segundos. Na corrida dois, Samaia largou na sexta posição e superou seus adversários para novamente vencer. Com a vitória dupla ele abriu 35 pontos de vantagem para o segundo colocado, Murilo Coletta. Atualmente Samaia se divide entre a F3 Inglesa e a F3 Brasil. O piloto mora em Londres e segue na árdua tarefa de conseguir patrocínio para garantir sua evolução dentro do automobilista e seguir rumo ao seu sonho, a Fórmula 1. A F1Mania entrevistou Samaia com exclusividade que nos falou um pouco sobre o karting, sua preparação, viagens e também nos contou sua opinião sobre as diferenças entre a F3 Brasil e a F3 Inglesa. F1Mania: Guilherme, você foi bi-campeão da shifter júnior (2012/ 2013). Qual a importância do karting na sua carreira? Samaia: “O kart foi uma fase sensacional da minha carreira, apesar de não ter sido tão intenso. Foi onde aprendi o básico: guiar, largar, disputar, ultrapassar, receber pressão, participar de competições e muitas outras coisas. Foi no kart também que eu aprendi a ser uma pessoa dedicada.” F1Mania: Em 2015, com 17 anos, você foi campeão da F-3 Brasil Light com um expressivo resultado de oito vitórias em 16 corridas. Já em 2016 você subir para a F-3 Brasil categoria principal conquistando um ótimo vice-campeonato. Quais as principais dificuldades que enfrentou nessa mudança de categoria? Samaia: “A adaptação do carro não foi tão difícil. É logico que precisou de tempo para isso, mas no ano de 2016 enfrentei várias dificuldades que acontecem no meu esporte como quebras e batidas, que me prejudicaram em várias corridas. Quando cheguei, a maioria dos pilotos já era veterano da categoria, com mais experiência que eu, e isso me ajudou a evoluir.” F1Mania: Nesse ano de 2017 você está competindo na F-3 Brasil e na F-3 Inglesa. Liderando a F3 Brasil por 35 pontos sobre o segundo colocado, Murilo Coletta, e em 15o. na F-3 Inglesa com a Double R Racing. Poderia comentar sobre as principais diferenças entre as “F-3s”? Samaia: “Na Inglaterra, venho enfrentando várias dificuldades: o clima é muito diferente, muito frio, chove muito, coisa que aqui não acontece. O carro é diferente demais, câmbio, pneu, motor, freio, tudo isso muda demais na tocada do piloto e é necessário aprender as manhas de tudo isso. Na Europa, as corridas são mais curtas, não tem “box aberto” para o aquecimento de pneus, ou seja, preciso aprender a aquecer os pneus de muito frio em uma volta apenas e largar já virando muito rápido. A competição europeia é muito forte. Além de não conhecer nenhuma pista lá, diferente da minha situação aqui do Brasil, os pilotos são arrojados demais, o que também é um ponto para evoluir, saber me defender, atacar, aguentar pressão, andar pressionando atrás. Tudo isso em um ambiente que não é o meu e sim os deles: estão em casa, conhecem todas as pistas. Eu fiz apenas seis dias de testes antes das corridas, enquanto alguns pilotos estão no terceiro, quarto ano da categoria, testando toda semana. Ou seja, está muito difícil para mim, pois é tudo muito novo. Nas últimas duas etapas, no entanto, estive sempre entre os seis mais rápidos, apenas não tive a ‘sorte’ de encaixar um final de semana limpo. Já tive quebras, já me envolvi em batidas, mas acredito que estou bem, evoluindo demais. Os bons resultados virão, é só uma questão de tempo. Velocidade já demonstrei ter para todos ali, inclusive para mim. Agora é lapidar algumas áreas e encaixar o final de semana. Um outro ponto que dificulta é a falta de incentivo do Brasil para os pilotos brasileiros, pois tudo isso vem sendo apoiado pelo meu pai: os dois campeonatos, os testes, as viagens e as mudanças para a Inglaterra. Estou tentando patrocinadores para apoiar meu projeto através da Lei de Incentivo ao esporte, que tenho aprovado.” F1Mania: A respeito de seu treinamento e preparação. Qual a sua rotina semanal, levando em conta que mora em Londres e mensalmente viaja para o Brasil onde compete pela F-3 Brasil? Samaia: “Minha rotina é puxada. Puxada demais. É muito difícil, pois me limita em várias questões. Eu viajo demais, seja dentro da Europa ou no Brasil, ou até mesmo daqui para lá e de lá para cá. Quando tenho tempo, aproveito para descansar a cabeça e os músculos e também treinar o físico, pois esse esporte exige demais do físico do piloto.” F1Mania: Ainda sobre sua preparação, nesses tempos muito tem se falado sobre os “playstation” e simuladores para formação dos pilotos. Alguns exemplos são o RFactor e o brasileiro “Automobilista”. Você utiliza em sua preparação? Poderia comentar um pouco pra gente? Samaia: “Não costumo usar simuladores. Quando uso, é por muita necessidade para conhecer o desenho de uma pista apenas. Porque não tem simulador (a não ser os de F1, por exemplo) que simule a reação exata do carro que eu compito e não apresenta exatamente as características das pistas (bumps, ondulações, etc). Esses simuladores são mais usados para se divertir. Ai sim, é gostoso!” F1Mania: Para fechar, gostaria de citar o Matheus Leist, que foi campeão da F-3 Inglesa em 2016 e este ano está disputando sua primeira temporada na Indy Lights, com bons resultados. Quais são seus planos de carreira para o futuro? Samaia: “Procuro sempre evoluir e extrair o máximo dessa oportunidade que estou tendo de correr nesses dois campeonatos. Também estou em busca de patrocinadores para continuar na Europa. Quero ser um exemplo e futuramente, quem sabe, um ídolo para o meu país dentro da F1.” MATERIA: Por Gabriel Gavinelli | quarta-feira, 07 de junho de 2017 - 19h00 http://f1mania.lance.com.br/f-3/entrevista-guilherme-samaia-lider-da-f3-brasil/?utm_source=notifications&utm_medium=notifications&utm_campaign=notifications ESTE SITE É MUITO BOM E COMPLETO. MARCIO LISTA http://www.youtube.com/watch?v=yhS_8BRbHfE&feature=player_embedded

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