Ocupação nos mananciais da Billings deve aumentar ainda mais
com passagem do Rodoanel.
O trecho sul do empreendimento afetará as regiões de mananciais da Billings e da Guarapiranga, objeto de estudos, análises e ações do ISA. O Rodoanel é uma das obras mais polêmicas em andamento no País e não obstante, vem sendo levado a toque de caixa pelo governo estadual. O Instituto Sócio ambiental acompanha com preocupação os desdobramentos do empreendimento em função de dois pontos fundamentais. O primeiro deles diz respeito aos impactos da obra sobre os mananciais da região sul de São Paulo, que estão sendo sistematicamente sub-dimensionados pelos estudos apresentados até agora pelo governo paulista. Os mananciais das represas Billings e Guarapiranga, responsáveis pela produção de água que abastece quase 4 dos 18 milhões de habitantes da RMSP, sofrem com a ocupação desordenada em suas áreas – hoje o contingente populacional que reside em torno das represas é de 1.6 milhões de pessoas. Não existe, por parte dos órgãos competentes, uma política de proteção dos mananciais nem de conservação e reutilização da água. O resultado é uma ameaça constante de racionamento e mananciais à beira da exaustão – como é o caso das represas do Sistema Cantareira que, após 30 anos de uso, já apresentam sinais de colapso. O segundo ponto crítico é relativo à ausência de uma análise definitiva sobre a atual situação da região por onde o Rodoanel passa em seu trecho oeste, em funcionamento desde 2002. Há uma série de problemas não solucionados nas proximidades de estrada. Entre os principais, cita-se a recuperação dos passivos ambientais, o reassentamento habitacional e o monitoramento do ruído lindeiro, além da crescente especulação imobiliária. Estes efeitos colaterais da obra aumentam ainda mais as preocupações sobre os impactos que se darão sobre as regiões por onde passarão as demais alças. Publicada ISA: Bruno Weis.
FOTO: IMAGENS GOOGLE.
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